Claudia Jurberg, Jornalista e Editora de Mídias Sociais das Memórias do IOC, Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, RJ, Brasil.
A infecção por meningite eosinofílica ocorre de forma acidental pela ingestão de moluscos infectados ou por meio de hospedeiros intermediários, consumidos in natura ou malcozidos. O diagnóstico atual é baseado em testes moleculares e imunológicos, utilizando fêmeas jovens ou adultas como fonte de antígenos. O problema de fechar um diagnóstico positivo é o tempo, pois os sintomas só aparecem após várias semanas, o que atrasa o tratamento.
Como a doença tem se tornado emergente, órgãos de saúde pública de diversos países têm demonstrado preocupações no diagnóstico rápido e preciso e no controle da doença que é causada pelo Angiostrongylus cantonensis – agente etiológico da neuroangiostrongilíase em humanos e principal patologia associada a esse tipo de meningite eosinofílica.
Imagem: Memórias do IOC
As Memórias do IOC trazem um novo artigo de pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria Estadual de Saúde e da Unidade de Vigilância em Saúde de Parelheiros, todos de São Paulo, que descreve diferentes preparações antigênicas de fases evolutivas distintas de Angiostrongylus cantonensis para aprimorar técnicas sorológicas para imunodiagnóstico da doença. O título do artigo é Immunoanalysis of different antigenic preparations of Angiostrongylus cantonensis for neuroangiostrongyliasis diagnosis improvement.
No estudo, os pesquisadores testaram 112 amostras de soro. Desse total, 46 eram soros de pacientes com meningite eosinofílica, sendo 17 com neuroangiostrongilíase confirmada, 25 não confirmados e quatro com resultados indeterminados. Os outros 46 soros eram de pacientes com outras helmintíases como strongiloidíase, esquistossomose, ascaridíase, toxocaríase e neurocisticercose; e 20 soros eram de pacientes sem helmintíases. Os pesquisadores contaram ainda com o apoio de cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, responsável pelo diagnóstico laboratorial de angiostrongilíase no Brasil.
A pesquisa foi financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Para ler o artigo, acesse
MELO, L.C.V., et al. Immunoanalysis of different antigenic preparations of Angiostrongylus cantonensis for neuroangiostrongyliasis diagnosis improvement. Mem. Inst. Oswaldo Cruz [online]. 2022, vol. 117, e220086 [viewed 24 October 2022]. https://doi.org/10.1590/0074-02760220086. Available from: https://www.scielo.br/j/mioc/a/WwrcRDRbVN4BZJ5vXBg9q4M/
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