Claudia Jurberg, Jornalista e Editora de Mídias Sociais das Memórias do IOC, Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, RJ, Brasil.
Quais são os vírus e bactérias que podem existir em um navio que ruma para a Antártica? Para responder a essa pergunta, um grupo de 11 pesquisadores do programa FioAntar da Fiocruz e de outras instituições investigou o microbioma e o viroma existentes nas superfícies internas de um navio em diferentes etapas da viagem: do início ao final da expedição brasileira à Antártica.
Os cientistas utilizaram análise metagenômica em amostras agrupadas de superfícies e no interior da embarcação para rastrear a diversidade microbiana.
O artigo intitulado Microbiome and virome on indoor surfaces of na Antarctic research ship descreve o que foi encontrado. Os autores identificaram 83,7% de bactérias, 16,2% de eucariotos, 0,04% de vírus e 0,002% de archaea. Proteobacteria foi o filo bacteriano mais abundante, seguido por Firmicutes, Actinobacteria e Bacteroidetes.
Espécies bacterianas relacionadas ao continente Antártico foram observadas nas distintas etapas da expedição. Em relação ao viroma, a maior riqueza de espécies virais foi identificada no meio da viagem, incluindo dez famílias virais: Autographiviridae, Chrysoviridae, Genomoviridae, Herelleviridae, Myoviridae, Partitiviridae, Podoviridae, Potyviridae, Siphoviridae e Virgaviridae. Segundo os autores, o estudo contribui para o conhecimento da diversidade microbiana em instalações navais, sendo que as variações na abundância de microrganismos, provavelmente, ocorreram devido a fatores como número de passageiros e atividades no navio.
Esta pesquisa foi financiada pelo Proantar, Capes, CNPq e Ministério da Saúde.
Para ler o artigo, acesse
PRADO, T., et al. Microbiome and virome on indoor surfaces of an Antarctic research ship. Mem Inst Oswaldo Cruz [online]. 2023, vol. 118, e230084 [15 September 2023]. https://doi.org/10.1590/0074-02760230084. Available from: https://www.scielo.br/j/mioc/a/jvr8CbYLz6FJD3yhHMfH5qB/
Links externos
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz – MIOC: https://www.scielo.br/mioc/
Como citar este post [ISO 690/2010]:
Últimos comentários