Por Eduardo Alexandrino Servolo Medeiros, Professor associado, Escola Paulista de Medicina (Unifesp), Hospital São Paulo, CCIH, Disciplina de Infectologia e Pesquisador, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, São Paulo, SP, Brasil
O editorial “A luta dos profissionais de saúde no enfrentamento da COVID-19”, publicado no periódico Acta Paulista de Enfermagem (vol. 33), discute os principais desafios dos profissionais da saúde na assistência aos pacientes com COVID-19. O objetivo é alertar sobre os riscos que os trabalhadores estão expostos no dia a dia no enfrentamento desta pandemia e como os hospitais brasileiros estão se organizando para garantir um atendimento seguro e com qualidade.
No Brasil, milhares de enfermeiros, médicos, fisioterapeutas estão afastados do trabalho por terem adquirido a infecção pelo novo coronavírus e muitos morrem em consequência da COVID-19. Os profissionais da saúde que trabalham na linha de frente mostram exaustão física e mental, sofrem com a dor da morte de pacientes e de colegas, além do risco de adquirirem a infecção e a possibilidade de transmitirem para seus familiares.
À medida que a pandemia acelera, o acesso a equipamentos de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde é uma preocupação constante. A escassez de EPIs está sendo observada em diversas instituições brasileiras como em muitos países. A manutenção de EPIs nos hospitais deve ser uma política de Estado, os governos devem se mobilizar para que a indústria nacional responda a este desafio. Infelizmente, não é isto que estamos vendo, os preços dos EPIs, especialmente máscaras e aventais descartáveis, tiveram importantes aumentos, associado ao desabastecimento do mercado.
A doença COVID-19 também mostra a face da desigualdade social no Brasil. A pandemia que se iniciou nos bairros de alto nível socio econômico está disseminando-se rapidamente para a periferia dos grandes centros urbanos, a exemplo da capital paulista, com elevado número de mortes. Não podemos esquecer que a maior parte dos trabalhadores dos hospitais mora na periferia das cidades e certamente teremos uma nova onda de infecção, com enorme impacto no afastamento dos trabalhadores nos hospitais. Até que tenhamos uma vacina disponível e eficiente, os profissionais de saúde devem atuar nas comunidades onde moram orientando, divulgando e fortalecendo o isolamento social.
Os grandes desafios para os hospitais, como o Hospital São Paulo – Unifesp, são de reorganizar o atendimento, ampliar leitos de unidade de terapia intensiva, abastecer com equipamentos de proteção individual em quantidade suficiente, principalmente uso de máscara para todos, e ter profissionais capacitados para fornecer atendimento seguro e com qualidade. Os próximos passos que os pesquisadores recomendam para o Hospital São Paulo – Unifesp são de realizar uma ampla testagem sorológica dos profissionais de saúde, manter o diagnóstico rápido para todos os profissionais e garantir atendimento médico e psicológico para os que necessitam, além de ampliar a criar novos fluxos de atendimento para evitar a transmissão de infecção para profissionais e pacientes internados por outras causas.
Os hospitais universitários devem fomentar pesquisas para conhecer as diversas faces desta nova doença. Os profissionais de saúde devem fortalecer a comunicação entre as equipes, trabalhar com empatia, se manterem atualizados e saudáveis para enfrentar este importante desafio histórico.
Para ler o artigo, acesse
MEDEIROS, E.A.S. A luta dos profissionais de saúde no enfrentamento da COVID-19. Acta paul. enferm. [online]. 2020, vol. 33, e-EDT20200003, ISSN: 1982-0194 [viewed 03 July 2020]. DOI: 10.37689/acta-ape/2020edt0003. Available from: http://ref.scielo.org/pmfchw
MEDEIROS, E.A.S. Os profissionais de saúde enfrentam a COVID-19 nos hospitais e expõe a própria vida para cuidar dos doentes [online]. SciELO em Perspectiva | Press Releases, 2020 [viewed ]. Available from: https://pressreleases.scielo.org/blog/2020/07/03/os-profissionais-de-saude-enfrentam-a-covid-19-nos-hospitais-e-expoe-a-propria-vida-para-cuidar-dos-doentes/
As principais dificuldades apresentadas no ambiente hospitalar durante a pandemia do COVID-19, como citado na pesquisa, para os profissionais da área de saúde, com foco nos enfermeiros, são: os riscos psicossociais; ausência de EPI (equipamentos de proteção individual); falta de infraestrutura.
Com aumento da carga horária e preocupações constantes, ocorre à alteração da saúde psíquica, o stress ocasiona a depressão e ansiedade que pode diminuir a produtividade e eficiência dos enfermeiros no horário de trabalho. Com cerca de 32% das denúncias, a falta de EPI, leva a exposição a riscos biológicos em especial para o estudo citado: o vírus. A ausência de infraestrutura, é um obstáculo, atualmente de acordo com os dados sobre o corona vírus apresenta cerca de 2.600 denúncias a maior queixa é falta de matérias de higienização (álcool gel, sabonete líquido, falta de equipe de enfermagem) sendo a região sudeste com a maior parte, proximamente 42%.
Dessa forma, hospitais precisam de recursos para enfrentar a pandemia e minimizar problemas de riscos psicológicos e biológicos, uma alternativa é dispor psicólogo e/ou terapeuta no serviço para atendimento destes funcionários e providenciar materiais necessários para os procedimentos hospitalares, em uma razoável quantidade estocada.
REFERÊNCIA
DADOS SOBRE O CORONA VÍRUS, Médicos apresentam 2.600 denúncias sobre falta de infraestrutura no atendimento à Covid. 2021. Disponível em: Acesso em: 24 de maio de 2021.
As principais dificuldades apresentadas no ambiente hospitalar durante a pandemia do COVID-19, como citado na pesquisa, para os profissionais da área de saúde, com foco nos enfermeiros, são: os riscos psicossociais; ausência de EPI (equipamentos de proteção individual); falta de infraestrutura.
Com aumento da carga horária e preocupações constantes, ocorre à alteração da saúde psíquica, o stress ocasiona a depressão e ansiedade que pode diminuir a produtividade e eficiência dos enfermeiros no horário de trabalho. Com cerca de 32% das denúncias, a falta de EPI, leva a exposição a riscos biológicos em especial para o estudo citado: o vírus. A ausência de infraestrutura, é um obstáculo, atualmente de acordo com os dados sobre o corona vírus apresenta cerca de 2.600 denúncias a maior queixa é falta de matérias de higienização (álcool gel, sabonete líquido, falta de equipe de enfermagem) sendo a região sudeste com a maior parte, proximamente 42%.
Dessa forma, hospitais precisam de recursos para enfrentar a pandemia e minimizar problemas de riscos psicológicos e biológicos, uma alternativa é dispor psicólogo e/ou terapeuta no serviço para atendimento destes funcionários e providenciar materiais necessários para os procedimentos hospitalares, em uma razoável quantidade estocada.
REFERÊNCIA
DADOS SOBRE O CORONA VÍRUS, Médicos apresentam 2.600 denúncias sobre falta de infraestrutura no atendimento à Covid. 2021. Disponível em: Acesso em: 24 de maio de 2021.