Maria Luiza De Grandi, jornalista da revista Ciência Rural. Santa Maria, RS, Brasil.
Fábio Leivas Leite, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil.
A piroplasmose equina é uma doença endêmica no Brasil, principal causa de anemia hemolítica grave nos equinos, e um dos seus agentes etiológicos é o hemoparasita Theileria equi. Já a bactéria Streptococcus equi subespécie equi é um microrganismo é um microrganismo responsável por causar uma doença muito comum do trato respiratório superior de equinos, que cursa com de alta morbidade e uma das mais comuns que acomete a parte superior do trato respiratório equino.
A piroplasmose equina é uma doença endêmica no Brasil, principal causa de anemia hemolítica grave nos equinos, e um dos seus agentes etiológicos é o hemoparasita Theileria equi. Já a bactéria Streptococcus equi subespécie equi é um microrganismo responsável pelo garrotilho, doença de alta morbidade e uma das mais comuns que acomete a parte superior do trato respiratório equino.
Com o objetivo de determinar a Imunoglobulina G (IgG) total específica nas éguas vacinadas e em seus potros, pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) produziram o artigo Imunidade passiva em potros provenientes de éguas vacinadas contra Theileira equi e Streptococcus equi subspécie equi, publicado na Ciência Rural (vol. 52, no. 8).
Para chegar aos resultados, os cientistas acompanharam 32 pares de égua e seu respectivo potro do Centro de Ensino e Experimentação em Equinocultura da Palma (CEEEP), localizado na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Todas as éguas eram mestiças, multíparas e com idade entre 10 e 15 anos e tiveram sua gestação monitorada através de ultrassom.
Os potros foram monitorados de perto nas primeiras 24 horas de vida. Foram aplicados os exames de bioinformática, para o desenho e caracterização de antígenos (Theileria equi), Pichia pastors como plataforma de expressão de antígenos recombinantes, técnicas moleculares (PRC) e imunológicas (Western blot) na seleção da amostra de S. equi utilizado no preparo da vacina utilizada no estudo, e testes imunologicos (ELISA) para avaliar resposta humoral.
A pesquisa demonstrou que as éguas vacinadas no terço final da gestação apresentaram maiores anticorpos vacinais totais específicos para ambas as vacinas, com perfil semelhante de IgG total específico e subisotipos transferidos para seus potros.
De acordo com o pesquisador Fábio Leivas Leite, com base no presente estudo, pode-se sugerir um cronograma de vacinação baseado na idade do potro para otimizar o controle contra Theileira equi e Streptococcus equi subspécie equi. “Achamos que o ideal seria o desenvolvimento de uma vacina recombinante para ser utilizada no controle da theileriose, e utilizar a tecnologia de seleção de amostras vacinais para ser utilizada na vacina contra o estrangulamento. A pesquisa contribui para um melhor entendimento da dinâmica da resposta vacinal em éguas gestantes e seus filhotes.”, conclui Leite.
Referências
CRAIGO, J.K., et al. Development of a high throughput, semiautomated, infectious center cell-based ELISA for Equine Infectious Anemia Virus. Journal of Virological Methods [online]. 2021, vol. 185, no. 2, pp. 221-227 [viewed 23 February 2023]. https://doi.org/10.1016/j.jviromet.2012.07.007. Available from: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0166093412002479
ROTSCHILD, C.M. Equine Piroplasmosis. Journal of Equine Veterinary Science [online]. 2013, vol. 33, no. 7, pp. 497-508 [viewed 23 February 2023]. https://doi.org/10.1016/j.jevs.2013.03.189. Available from: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0737080613003079
Para ler o artigo, acesse
SANTOS, A.C. Passive immunity in foals born from mares vaccinated against Theileira equi and Streptococcus equi subspecies equi. Cienc. Rural [online]. 2022, vol. 52, no. 8, e20210182 [viewed 23 February 2023]. https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20210182. Available from: https://www.scielo.br/j/cr/a/q8S5wSsWwGHF7t6RSDnb9RQ/
Links externos
Ciência Rural – CR: https://www.scielo.br/cr/
Ciência Rural – site: http://coral.ufsm.br/ccr/cienciarural/
Redes Sociais: Twitter | Facebook | Instagram
Como citar este post [ISO 690/2010]:
Últimos comentários