Professores insatisfeitos no trabalho apresentam maior prevalência de comportamentos de risco para doenças crônicas não transmissíveis

Evilyn Cristhina da Silva, jornalista e estagiária de pós-graduação do Serviço Comunicação Institucional da Fundacentro, São Paulo, SP, Brasil.

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Comprometimento da saúde mental, tabagismo, excesso de peso e alcoolismo estão entre os agentes causadores de enfermidades crônicas não contagiosas entre os docentes. É o que aponta o artigo Fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCTN) entre professores da educação básica, publicado na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (vol. 48, 2023).

Elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Estadual de Montes Claros, o estudo descreve as prevalências de fatores de risco e de proteção para DCNT e testa a associações desses fatores com sexo, idade e satisfação com o trabalho entre os professores da educação básica de escolas públicas. Com a análise, fica evidente a predominância de fatores de riscos relacionados aos hábitos e medidas antropométricas nos homens. Já nas mulheres, observaram-se maiores prevalências de sintomas relacionados à saúde mental.

O artigo ainda mostra uma menor prevalência de burnout entre os educadores mais velhos. Esses profissionais também apresentam maior comprometimento da saúde física, mesmo apresentando maior prevalência de comportamentos de proteção para DCNT. Em relação à satisfação com a situação laboral, os professores insatisfeitos demostram elevada prevalência de comportamentos de risco, como abuso do uso da internet, sedentarismo e baixa realização de exames preventivos. Já entre os fatores de proteção, destacam-se a adoção de uma dieta balanceada, o consumo de hortaliças e legumes, a inclusão de atividades físicas à rotina diária e não possuir o hábito de fumar e consumir álcool em excesso.

Homem adulto de costas, em uma sala de aula, com a mão esquerda levantada. Seu professor, um homem calvo com barba branca, está em pé, à frente da sala, ao lado de uma lousa, olhando para ele.

Imagem: Freepik.

Os autores acreditam que “ações em saúde direcionadas à qualidade de vida no trabalho podem representar estratégias de hábitos saudáveis e melhores sentimentos em relação ao trabalho. Os resultados verificados também incitam futuras investigações a fim de elucidar mais questões quanto à saúde mental, comportamento, autocuidado de saúde e às estratégias de enfrentamento entre professores”.

Para a elaboração do artigo foi realizado um estudo epidemiológico transversal analítico, com dados primários provenientes do Projeto ProfSMo, Condições crônicas de saúde e fatores associados entre professores da rede pública estadual de Montes Claros-MG: estudo de base populacional. Também foi adotada amostragem probabilística por conglomerado e pesquisa por meio de questionário autoaplicável e avaliações físicas.

Para ler o artigo acesse:

HAIKAL, D.S.A, et al. Fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre professores da educação básica. Rev. bras. saúde. ocup. [online]. 2023, vol. 48, e5 [viewed 23 October 2023]. http://doi.org/10.1590/2317-6369/42520pt2023v48e5. Available from: https://www.scielo.br/j/rbso/a/MYnZtnySrcNpnYRFfbdkxFc/

Links externos

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional – RBSO: http://www.scielo.br/rbso

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (Fundacentro): http://www.fundacentro.gov.br/rbso/inicio

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Como citar este post [ISO 690/2010]:

SILVA, E.C. Professores insatisfeitos no trabalho apresentam maior prevalência de comportamentos de risco para doenças crônicas não transmissíveis [online]. SciELO em Perspectiva | Press Releases, 2023 [viewed ]. Available from: https://pressreleases.scielo.org/blog/2023/10/23/professores-insatisfeitos-no-trabalho/

 

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