Por Luísa Bandeira Pires Monteiro Lopes, PhD, Professora auxiliar do Departamento de Odontopediatria e Joana Freire Ferreira, MsC, Instituto Superior Ciências Saúde Egas Moniz, Almada, Portugal
As investigadoras Luísa Lopes e Joana Ferreira, do Instituto Superior Ciências Saúde Egas Moniz realizaram um estudo na Instituição INATEL – Portugal, sobre “Traumatismos dentários em esportes de contato” publicado na RGO – Revista Gaúcha de Odontologia (vol. 65, no. 3). O objetivo foi investigar a prevalência de traumatismos dentários na população praticante de esportes de contato, sendo importante definir a sua prevalência e formas de os evitar.
O traumatismo dentário é considerado um problema de saúde pública, tanto pela sua alta prevalência, bem como pelo impacto que tem na vida de quem o sofre (MARINHO, et al., 2013). Podem ser sérias as consequências e origem de vários problemas, não apenas físicos, mas também sociais, psicológicos, comportamentais, funcionais, estéticos e econômicos (BOJ, et al., 2012).
Na dentição decídua as causas mais comuns de traumatismo dentário são as quedas, devido à aquisição das capacidades motoras das crianças. Por sua vez, na dentição definitiva as principais causas são os esportes de contato, os acidentes de bicicleta e os acidentes de carro, uma vez que as crianças passam grande parte do seu tempo em numerosas atividades recreativas e desportivas (EMERICH; WYSZKOWSKI, 2010).
Os esportes de contato são um dos fatores etiológicos mais comuns e são definidos como esportes em que existe interação física entre os jogadores, na tentativa de impedir que o jogador ou equipe oponente vença. As lesões orais e maxilofaciais são assim frequentes nos praticantes destes esportes.
Este estudo com carácter observacional, foi realizado com recurso à observação e registro de dados e informações. A amostra foi de 60 indivíduos com idades compreendidas entre os 5 e os 15 anos, de ambos os sexos, praticantes de Judô ou Taekwondo no Parque de Jogos 1º de Maio – INATEL.
Como resultados foram encontrados uma alta prevalência de traumatismos dentários na população estudada. Esta mostrou-se alta no Judô, no entanto, no Taekwondo, não houve qualquer registro de lesões traumáticas. Apesar de o hábito de utilização de protetor oral ter frequência nula e os resultados a este nível não serem os esperados, é aconselhado a utilização do protetor oral.
Referências
BOJ, J. R., et al. Odontopediatría – La evolución del niño al adulto joven. Madrid: Ripano, 2012.
EMERICH, K. and WYSZKOWSKI, J. Clinical practice: dental trauma. European Journal of Pediatrics [online]. 2010, vol. 169, no. 9, pp. 1045-1050, ISSN: 1432-1076 [viewed 10 November 2017]. DOI: 10.1007/s00431-009-1130-x. Avaliable from: https://link.springer.com/article/10.1007/s00431-009-1130-x
MARINHO, A. C., et al. Prevalência de traumatismo dentário e fatores associados em adolescentes no concelho do Porto. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial [online]. 2013, vol. 54, no. 3, pp. 143-149, ISSN: 1646-2890 [viewed 10 November 2017]. DOI: 10.1016/j.rpemd.2013.07.004. Avaliable from: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1646289013001489
Para ler o artigo, acesse
LOPES, L. B. P. M. and FERREIRA, J. F. Traumatismos dentários em esportes de contato. Rev. Gaúch. Odontol. [online]. 2017, vol. 65, no. 3, pp. 196-201, ISSN: 1981-8637 [viewed 10 November 2017]. DOI: 10.1590/1981-863720170002000023310. Avaliable from: http://ref.scielo.org/tn4t2g
Link externo
RGO – Revista Gaúcha de Odontologia: <http://www.scielo.br/rgo>
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