Por Anelise Pimentel, Departamento de Zootecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Campus Capão do Leão, Capão do Leão, RS, Brasil
O estudo publicado no periódico Ciência Rural, volume 47, número 1, de 2017 intitulado “O sexo no crescimento de potros da raça Crioula do nascimento aos três anos de idade” teve como objetivo avaliar o efeito do sexo nos padrões de crescimento em potros da raça Crioula. Para isso, os pesquisadores mediram a altura corporal, o perímetro de tórax e perímetro de canela de 75 potros, de duas propriedades no Rio Grande do Sul, pertencentes a três gerações, do seu nascimento até os três anos de idade. Os animais eram mantidos no mesmo sistema de criação e manejo alimentar extensivo em regime de campo nativo. A análise dos dados foi feita por meio do método de regressão não linear para se estimar as curvas de crescimento para as três características estudadas. Os resultados mostraram que a maior taxa de crescimento destes parâmetros foi obtida no primeiro ano de vida dos animais. Em potros de até três anos de idade, a altura corporal e o perímetro de tórax podem ser avaliados por meio de modelos não lineares em machos e fêmeas. No entanto, o perímetro de canela deve ser modelado separadamente para cada sexo.
Para a pesquisadora Anelise Pimentel, as informações sobre o desenvolvimento de potros da raça Crioula trazidas pela pesquisa podem auxiliar no processo seletivo destes animais. “O conhecimento sobre o desenvolvimento de potros do seu nascimento até os três anos de idade pode ser uma ferramenta de seleção precoce no sentido de descartar ou apostar em animais que estão fora ou dentro dos limites de medidas estabelecidos pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC)”, comenta ela. Desde a criação da associação, em 1932, há uma lacuna de informações sobre esses animais.
De acordo com Anelise, alguns estudos com outras raças brasileiras de sela vinham sendo utilizados empiricamente na criação de Cavalos Crioulos. Ainda que as raças tenham o mesmo tronco de origem, tais comparações seriam inadequadas, pois não levam em conta as especificidades da raça Crioula, que após adaptação ao ambiente sul americano, adquiriu características próprias, além de ter objetivos seletivos diferentes das outras raças. Essa pesquisa auxilia a delinear cientificamente as características desta raça e, assim, pode ser aplicada à criação destes animais, cuja valorização comercial e social cresce significativamente.
Para ler o artigo, acesse
PIMENTEL, A.M.H., et al. O sexo no crescimento de potros da raça Crioula do nascimento aos três anos de idade. Cienc. Rural [online]. 2017, vol. 47, no. 1, e20150989. ISSN: 1678-4596. DOI: 10.1590/0103-8478cr20150989 [viewed 15 December 2016]. Available from: http://ref.scielo.org/j3qqmn
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Ciência Rural – CR: <http://www.scielo.br/cr>
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