Por Maria Cecília de Souza Minayo, Editora-chefe e Luiza Gualhano, Assistente de comunicação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
O número 6 de 2017 da Ciência & Saúde Coletiva traz como o SUS é visto pelas lentes do Observatório de “Análise política em saúde”, um projeto do Instituto de Saúde Coletiva da Bahia, financiado pelo CNPq que, por sua vez, articula um conjunto de pesquisadores, vinculados a diversas instituições nacionais. Esse Observatório é constituído como uma rede voltada à produção e à difusão de conhecimentos em análise política em saúde e em análises de políticas específicas (www.analisepoliticaemsaúde.gov) tanto do ponto de vista conjuntural como avaliativo. Os assuntos tratados neste número temático sucedem a uma análise da conjuntura da crise política vivenciada pelo país (DOMINGUES, 2017), revelando o rumo de incertezas em que a universalização do acesso, a qualidade dos serviços e o financiamento adequado e suficiente do SUS são colocados em xeque.
Os artigos que seguem a essa densa exposição que coloca o setor ao interior da política nacional, são específicos, mas todos têm como foco a consolidação do SUS como uma política universalista, intersetorial e humanista: impacto da Bolsa Família no consumo de alimento pelos beneficiados (SPERANDIO, et al., 2017); efetividade do programa saúde na escola (SOUSA; ESPERIDIAO; MEDINA, 2017); dinâmica da política de saúde bucal (CHAVES, et al., 2017); programa de educação permanente e integração ensino-aprendizagem (FRANCA, et al., 2017); desempenho (ALELUIA, et al., 2017), coordenação do cuidado e satisfação dos usuários da atenção primária (PRATES, et al., 2017; PROTASIO, et al., 2017;); judicialização da saúde (LISBOA; SOUZA, 2017); gestão da rede hospitalar (FARIAS; ARAUJO, 2017); responsabilidade fiscal frente às despesas com pessoal da saúde (MEDEIROS, et al., 2017); dentre muitos outros temas.
Como as duas outras edições citadas, esta mantém uma visão ao mesmo tempo, positiva e crítica do desempenho do SUS, mostrando a necessidade permanente de acompanhar de forma estratégica todos os movimentos políticos que o afetam, tendo como parâmetros os princípios de universalização, equidade e de saúde como direito.
Para ler os artigos, acesse
Ciência & Saúde Coletiva, vol.22 no.6, Rio de Janeiro, Jun. 2017 – <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-812320170026&lng=pt&nrm=iso>
Link externo
Ciência & Saúde Coletiva – CSC: <http://www.scielo.br/csc>
Como citar este post [ISO 690/2010]:
Prezados colegas, convido-os a visitar o número temático aqui apresentado. Como sabemos o SUS é uma construção coletiva, para a qual nossa Ciência & Saúde Coletiva contribui com artigos críticos e ao mesmo tempo construtivos. O fato da Revista ser temática, facilita aos leitores ter várias visões e diversas abordagens em conjunto que podem contribuir com a formação de estudantes e para atualização dos profissionais.