Zara Costa, sócia e jornalista, LGA Comunicação, Assessoria de imprensa da Sociedade, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Shaulla Figueira, assessora de imprensa e jornalista, LGA Comunicação, Assessoria de imprensa da Sociedade, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Assim como a inteligência artificial, redes sociais, como o Twitter (recentemente renomeado X) podem ser aliadas para a comunicação entre médicos e pacientes. A pesquisa O Twitter (X) como Ferramenta de Comunicação e Educação para Cardiologistas Brasileiros: Perfil, Influência e Desafios, publicada nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia (vol. 121, no. 12, 2024), realizada pelas Universidade Federal Fluminense (UFF) e e Universidade Federal de Alagoas (UFA), ainda aponta um desafio no uso do Twitter (X).
Dados coletados pela ferramenta FollowerWonk e analisados com o software IRAMUTEQ com 1.083 contas de cardiologistas brasileiros, criadas entre 2006 e 2021, revelaram que os médicos preferem uma comunicação pessoal e direta nas redes sociais, em vez de uma representação institucional. Os cardiologistas, brasileiros do sexo masculino são maioria na rede e os usuários com maior influência são homens e há alta concentração na região sudeste.
A maioria dos perfis encontrados foram de homens (76,5%), 21,2% de mulheres e 0,8% eram institucionais. A grande parte tem até 100 seguidores (71%) e baixa autoridade social (81,8%). Os 20 perfis de maior influência são de homens (80%), com alta concentração na região sudeste (68%).
A análise dos dados incluiu variáveis como número de perfis identificados, URLs disponíveis, número de seguidores, engajamento, top 100 perfis de autoridade, correlação entre localizações geográficas e autoridade social, desigualdades de gênero e raça, e tópicos mais comuns tuitados. Os critérios de exclusão dos perfis foram estabelecidos para garantir a relevância dos dados coletados.
Os números também constatam que embora o Twitter seja uma ferramenta importante para compartilhar informações sobre saúde e pesquisas, apenas uma pequena porcentagem de médicos e cientistas estão ativos na plataforma
Em relação ao alcance e influência on-line dos cardiologistas brasileiros no Twitter, observou-se que o número médio de seguidores por conta foi de 386, enquanto o número médio de perfis seguidos por conta foi de 270. Esses números indicaram um certo grau de interconexão e engajamento entre os cardiologistas brasileiros na plataforma e baixa autoridade social.
Preocupações com disseminação de informações infundadas, manipulação de dados e privacidade do paciente são citadas como barreiras para a adesão ao X.
Para ler o artigo, acesse
LACERDA, A.G., et al. O Twitter (X) como Ferramenta de Comunicação e Educação para Cardiologistas Brasileiros: Perfil, Influência e Desafios. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2024, vol. 121, no. 12, e20230694 [viewed 23 April 2025]. https://doi.org/10.36660/abc.20230694. Available from: https://www.scielo.br/j/abc/a/nS774G3vth74mTKCYXc6VbN
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