Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publica primeira diretriz brasileira sobre Cardiomiopatia Hipertrófica

Renan Pereira, Vital Agência, São Paulo, SP, Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

Fábio Pimentel, Vital Agência, São Paulo, Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

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Relatada em 122 países, o que corresponde a 90% da população mundial, a Cardiomiopatia Hipertrófica atinge, hoje, cerca de 20 milhões de pessoas no mundo todo, sendo a maioria homens (70%). Também é uma das principais causas de morte súbita em atletas. Destes, 30 a 40% correm o risco de terem morte súbita. Em geral, ela tem maior incidência em indivíduos mais jovens com menos de 40 anos de idade.

Esta doença, que costuma ter origem genética, é caracterizada pela hipertrofia (fortalecimento/enrijecimento) do músculo cardíaco e, apesar de grave, costuma ser silenciosa (90% dos casos são assintomáticos) e, quando há sintomas, eles são confundidos com outras patologias. Por exemplo, 43% têm sinais de insuficiência cardíaca e outros de obstrutiva, com presença de sopro cardíaco, o que potencializa falsos diagnósticos e aumenta os riscos de morte súbita. 

Estes dados estão presentes na Diretriz Sobre Diagnóstico e Tratamento da Cardiomiopatia Hipertrófica – 2024, coordenada pelos pesquisadores Fábio Fernandes, do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), na capital paulista, e Marcus Vinicius Simões, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP), em Ribeirão Preto–SP, além de dezenas de outros pesquisadores de todo o Brasil.

Uma representação digital de um torso humano destacando o coração e suas artérias e veias.

Imagem: Shutterstock.

O documento, que reuniu mais de 70 pesquisadores brasileiros, sugere algoritmos inéditos que buscam estratificar, identificar e prevenir o risco de morte súbita em pacientes portadores desta cardiopatia, em especial no Brasil. A análise ajuda a identificar quais pacientes com as formas obstrutivas necessitam de terapia de redução septal ou tratamento medicamentoso.

A União Europeia e os EUA já possuíam diretrizes sobre o tema, no entanto, ela possui origem genética. Faltavam diretrizes que correspondessem à realidade dos povos latino-americanos, que foram contemplados agora com essa nova publicação.

Para ler o artigo, acesse

FERNANDES, F., et al. Diretriz sobre Diagnóstico e Tratamento da Cardiomiopatia Hipertrófica – 2024. Arq. Bras. Cardiol.[online]. 2024, vol. 121, no. 7, e202400415 [viewed 08 August 2024]. https://doi.org/10.36660/abc.20240415. Available from: https://www.scielo.br/j/abc/a/ZCS9yyxrVK8H7qgFTbn9rvH/ 

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PEREIRA, R. and PIMENTEL, F. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publica primeira diretriz brasileira sobre Cardiomiopatia Hipertrófica [online]. SciELO em Perspectiva | Press Releases, 2024 [viewed ]. Available from: https://pressreleases.scielo.org/blog/2024/08/08/primeira-diretriz-brasileira-sobre-cardiomiopatia-hipertrofica/

 

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