Zara Costa, sócia da LGA Comunicação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Shaulla Figueira, assessora de imprensa, LGA Comunicação, Rio de Janeiro, Assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Brasil.
Periódico Arquivos Brasileiros de Cardiologia, veículo oficial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), publica a Diretriz Brasileira sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa – 2024, apresentando as mais novas evidências científicas disponíveis sobre o tema. O texto completo está disponível em sua última edição (vol. 121, n.º 7), com a seguinte observação: “Estas diretrizes se prestam a informar e não a substituir o julgamento clínico do médico que, em última análise, deve determinar o tratamento apropriado para seus pacientes”.
A nova diretriz é fruto de um esforço conjunto entre o Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC (DCM/SBC), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedad Interamericana de Cardiología (SIAC). O documento foi elaborado por 48 pesquisadores de universidades e instituições de saúde do Brasil, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Chile e Argentina.
No mundo, estima-se que 49,75% dos cerca de oito bilhões de habitantes sejam mulheres, com uma expectativa de vida média de 76 anos, seis a mais que os homens. Elas tendem a sofrer com sinais e sintomas da menopausa por pelo menos um terço da vida cerebrovascular. O envelhecimento aumenta o risco de doenças cardiovasculares e, atualmente, um terço da mortalidade atual em mulheres é decorrente da doença isquêmica do coração (DIC) e da doença cerebrovascular.
Esse impacto é ainda maior em mulheres negras e de menor nível socioeconômico, que apresentam maior incidência de acidente vascular cerebral (AVC) e tem a hipertensão arterial como principal fator de risco (tabagismo, diabetes e uso de contraceptivos orais e terapia hormonal para menopausa também estão entre os fatores de risco). Estatisticamente, morrem mais mulheres do que homens após episódios de AVC.
“Esse grande contingente de mulheres precisa, assim, contar com um sistema de atendimento em saúde preparado para esse cenário”, aponta a nova diretriz, acrescentando que, para isso, é necessário um avanço em diversas frentes: formação de profissionais que lidam com a saúde da mulher (endocrinologia, cardiologia, ginecologia etc.); políticas públicas voltadas para o cuidado das mulheres; educação de empresas e empregadores sobre a saúde da mulher etc.
Referências
OLIVEIRA, G.M.M., et al. Diretriz Brasileira sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa – 2024. Arq Bras Cardiol [online]. 2024, vol. 121, no. 7, e20240478 [viewed 10 September 2024]. https://doi.org/10.36660/abc.20240478. Available from: https://www.scielo.br/j/abc/a/fpRqtqpRp6YXLJmQTYSBggG/
Links externos
Arquivos Brasileiros de Cardiologia – SciELO: https://www.scielo.br/j/abc/
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Glaucia Maria Moraes de Oliveira: https://www.escavador.com/sobre/5138081/glaucia-maria-moraes-de-oliveira
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