Cristine Vieira do Bonfim, Editora Associada da Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do SUS (RESS), Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Ministério da Educação, Recife, PE, Brasil.
O artigo de Nicolato et al. intitulado Distribuição espaço-temporal da produção ambulatorial para incontinência urinária em homens, Brasil, 2010-2019, publicado na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde – RESS (vol. 31, no. 2), analisou a tendência temporal e a distribuição por grandes regiões e para todo o Brasil da produção ambulatorial para incontinência urinária em homens.
No período estudado, foram pesquisados 94.418 procedimentos ambulatoriais para incontinência urinária em homens no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os autores identificaram tendências crescentes na produção ambulatorial. Para o Brasil, foi observada uma variação percentual anual de aproximadamente 50%; além disso, a previsão é de que, até 2024, a tendência permaneça crescente.
Todas as regiões do país também apresentaram tendências de aumento, entre 2010 e 2019. As maiores taxas de produção ambulatorial para incontinência urinária em homens foram encontradas na região Sudeste, cuja taxa passou de 7,7 por 100 mil habitantes em 2010, para 35,3 em 2019. Destaque-se também a região Sul, que expressou a maior elevação da taxa, a qual evoluiu de 0,7 por 100 mil habitantes em 2010, para 26,3 em 2019, o que representou um incremento de mais de 3.000%.
Considerando os resultados do estudo, os autores afirmam que “é esperado que mais homens necessitem de assistência para continência e, consequentemente, um aumento da demanda nos serviços de saúde”. Nesse cenário, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) é fundamental para a promoção de ações de saúde que possibilitem a redução dos indicadores de morbidade e mortalidade por causas evitáveis na população masculina e o aumento da expectativa de vida.
Para tanto, é necessária a integração da PNAISH com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), visando ao desenvolvimento de estratégias de humanização e ao fortalecimento das ações e dos serviços disponibilizados para esse segmento populacional no SUS.
Os autores finalizam o estudo apontando as suas contribuições para as políticas públicas, destacando a necessidade de prevenção e definição de estratégias para o tratamento da incontinência urinária em homens.
Referências
HEMMI, A.P.A. A Política Nacional de Saúde do Homem por José Gomes Temporão. Interface [online]. 2019, vol. 23, e180628 [viewed 16 November 2022]. https://doi.org/10.1590/Interface.1810628. Available from: https://www.scielo.br/j/icse/a/S4vpWs3sWzFJX9B9jT7xZKj/
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NICOLATO, F.V. et al. Distribuição espaço-temporal da produção ambulatorial para incontinência urinária em homens, Brasil, 2010-2019. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online] . 2022, vol, 31, no. 2, e20211257 [viewed 16 November]. https://doi.org/10.1590/S2237-96222022000200025. Available from: https://www.scielo.br/j/ress/a/4WjWkRvd3dghS5jJBkgfPpD/
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