Zara Costa, sócia e jornalista, Assessoria de imprensa da Sociedade, LGA Comunicação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Shaulla Figueira, assessora de imprensa e jornalista, Assessoria de imprensa da Sociedade, LGA Comunicação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
O artigo Acesso radial distal para procedimentos coronários: percepções de 6.800 pacientes all-comers do registro DISTRACTION, publicado no volume 37 (2024) do periódico International Journal of Cardiovascular Sciences, apontou a hemostasia acelerada e menores taxas de oclusão da artéria radial proximal entre as vantagens do acesso transradial distal (dTRA), uma evolução do acesso transradial proximal convencional (pTRA), em procedimentos coronários.
O estudo teve início em fevereiro de 2019, quando um grupo de pesquisadores brasileiros — seguindo a tendência de cirurgiões, radiologistas e cardiologistas intervencionistas em todo o mundo — passou a adotar o dTRA como primeira escolha para os procedimentos de angiografia coronária (CAG) e intervenção coronária percutânea (ICP), com resultados continuamente publicados.
Marcos Danillo Oliveira e Adriano Caixeta, da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp), e Ricardo Fonseca Oliveira Suruagy Motta, do Centro Universitário CESMAC, de Maceió, acompanharam até abril de 2024 um vasto registro de 6.800 “pacientes consecutivos e não selecionados, abrangendo todo o espectro da doença arterial coronária”, conforme o artigo, assinado pelos três pesquisadores. A idade média dos pacientes estudados foi de 63,8 anos — a maioria do sexo masculino, com hipertensão e síndromes coronárias agudas.
![Imagem com informações em inglês sobre as características dos pacientes, indicadores, inserção bem sucedida do dTRA e o número total de pacientes. Imagem com informações em inglês sobre as características dos pacientes, indicadores, inserção bem sucedida do dTRA e o número total de pacientes.](http://pressreleases.scielo.org/wp-content/uploads/2025/02/Imagem1-2.jpg)
Imagem: Imagem retirada do artigo original, publicado na edição 37 do periódico Int J Cardiovasc Sci.
Participaram do estudo pacientes all-comers de três hospitais terciários — Hospital Regional do Vale do Paraíba e Hospital São Paulo (EPM-Unifesp), de São Paulo; e Hospital MedRadius, de Maceió —, inscritos no registro DISTRACTION (acesso distal transradial como abordagem padrão para angiografia coronária e intervenções). O único critério para a inscrição dos pacientes na pesquisa foi que houvesse a “presença de quaisquer pulsos palpáveis (mesmo fracos) na tabaqueira anatômica e no punho”. Segundo os autores, “pacientes com condições hemodinâmicas instáveis não foram excluídos”.
Dos 6.800 inscritos, apenas em 119 não foi possível obter a inserção da bainha dTRA. A artéria descendente anterior esquerda foi o vaso mais tratado, com a ICP sendo realizada em 59,5% dos casos. De acordo com o artigo, “o dTRA direito foi o acesso mais frequente, seguido por refazer dTRA ipsilateral, dTRA esquerdo e dTRA bilateral simultâneo”. Não foram reportadas complicações diretamente relacionadas à opção pelo acesso transradial distal.
Após analisarem os resultados dos procedimentos realizados nestes cinco anos e dois meses de pesquisa em quase sete mil pacientes, os pesquisadores concluíram que a adoção do dTRA como padrão para angiografia coronária de rotina e intervenções é “segura e viável”.
Para ler o artigo, acesse
OLIVEIRA, D.M., MOTTA, S.O.F.R. and CAIXETA, A. Distal Transradial Access for Coronary Procedures: Insights from 6,800 Consecutive All-Comers Patients from the DISTRACTION Registry. Int J Cardiovasc Sci [online]. 2024, vol. 37, e20240084 [viewed 11 February 2025]. https://doi.org/10.36660/ijcs.20240084. Available from: https://www.scielo.br/j/ijcs/a/PXppjyKFVmhKTXkMTkYXfNh/
Links externos
International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS) – SciELO
International Journal of Cardiovascular Sciences
Sociedade Brasileira de Cardiologia
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