Por Marcel Marchiori Farret, Professor, Curso de Especialização em Ortodontia, Centro de Estudos Odontológicos Meridional, Passo Fundo, e Curso de Especialização em Ortodontia, Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais (FUNDEF), Lajeado, RS, Brasil
No artigo “Plano oclusal inclinado: uma alternativa de tratamento usando ancoragem esquelética” publicado no Dental Press Journal of Orthodontics (vol. 24, no. 1), são discutidos os principais aspectos relacionados ao diagnóstico, planejamento e tratamento das assimetrias de plano oclusal. O diagnóstico deve ser realizado de forma cautelosa, por meio de recursos como exame clínico, fotografias e radiografias associados ainda a softwares como Power Point® ou Keynote®. Com base no diagnóstico deve se decidir onde e como a correção será feita, para a escolha e instalação do recurso de ancoragem esquelética mais adequado. Mini implantes têm um processo de instalação e remoção mais simples e são recomendados em situações de desvios moderados, enquanto miniplacas são preferidas em situações mais complexas com necessidade de movimentações maiores ou em mais de um sentido ao mesmo tempo, no entanto, necessitam de dois procedimentos cirúrgicos mais invasivos para instalação e remoção (FABER, et al., 2008; SUGAWARA, et al., 2002).
Figura 1. Controle com torque no arco durante a intrusão no lado esquerdo da arcada superior.
Apesar do tratamento com ancoragem esquelética minimizar os efeitos colaterais, muitos detalhes devem ser observados durante o tratamento para otimizar os resultados. O preparo de ancoragem com dispositivos auxiliares como barra transpalatina no arco superior ou arco lingual no arco inferior é fundamental para evitar a sobre expansão dos arcos nas mecânicas de intrusão quando a força é aplicada somente por vestibular ou por lingual. Além disso, a utilização de arcos retangulares é também recomendado para o controle de torque durante as movimentações intrusivas e extrusivas.
Com o correto diagnóstico e condução do caso são obtidos resultados estéticos e funcionais excelentes ao término do tratamento, com boa estabilidade a longo prazo, reduzindo a necessidade de procedimentos ortodônticos mais complexos, a necessidade de colaboração do paciente e muitas vezes eliminando também a indicação de cirurgias ortognáticas.
Referências
FABER, J., et al. Miniplacas permitem tratamento eficiente e eficaz da mordida aberta anterior. Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial [online]. 2008, vol. 13, no. 5, pp. 144-157, ISSN: 1980-5500 [viewed 2 August 2019]. DOI: 10.1590/S1415-54192008000500015. Available from: http://ref.scielo.org/yyjnqq
SUGAWARA, J., et al. Treatment and posttreatment dentoalveolar changes following intrusion of mandibular molars with application of a skeletal anchorage system (SAS) for open bite correction. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg. 2002, vol. 17, no. 4, pp. 243-253, ISSN: 0742-1931 [viewed 2 August 2019]. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12592995
Para ler o artigo, acesse:
FARRET, M.M. Occlusal plane canting: a treatment alternative using skeletal anchorage. Dental Press J. Orthod. [online]. 2019, vol. 24, no. 1, pp. 88-105, ISSN: 2176-9451 [viewed 2 August 2019]. DOI: 10.1590/2177-6709.24.1.088-105.sar. Available from: http://ref.scielo.org/ffwp99
Link externo
Dental Press Journal of Orthodontics – DPJO: <http://www.scielo.br/dpjo>
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