Atenção à hipertensão arterial no Brasil: tendência e desigualdades

Doroteia Aparecida Höfelmann, Editora Associada da Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do SUS, docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil.

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O artigo Adequação do cuidado a pessoas com hipertensão arterial no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019, publicado na RESS (vol. 31, no. 2), analisou a adequação do cuidado recebido por adultos e idosos com hipertensão arterial e sua associação com macrorregião nacional, características demográficas, socioeconômicas e do sistema de saúde, no  Brasil, em 2013 e 2019.

O estudo contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Os autores utilizaram os dados de adultos com diagnóstico de hipertensão e consulta médica por esse motivo, nos últimos três anos, que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde nos anos de 2013 e 2019, com abrangência nacional.  Para se avaliar a adequação do cuidado, foram considerados onze diferentes indicadores.

Foto retangular horizontal. Um braço com medidor de pressão. Ao lado um profissional da saúde segurando o braço e parte do equipamento. O paciente está sentado em um sofá ou poltrona.

Imagem: Unsplash.

Em 2013, aproximadamente 25 a cada 100 pessoas recebiam cuidado considerado adequado, enquanto, em 2019, este número caiu para 20 a cada 100. Além disso, receber cuidado adequado foi mais frequente para moradores das regiões Centro-Oeste e Sudeste do país, para aqueles com maior nível socioeconômico e atendidos em serviços privados de saúde. Dessa forma, os autores concluíram que houve redução da proporção de pessoas recebendo cuidado adequado para hipertensão nos dois períodos, e que houve aumento das desigualdades econômicas.

As informações são relevantes, considerando-se o impacto da hipertensão arterial para adoecimento e mortalidade, dada a possibilidade de se desenvolverem problemas de saúde que impactam na qualidade de vida das pessoas.

Os autores destacam o seguinte: “Frente ao aumento da ocorrência de hipertensão, o monitoramento dos indicadores de qualidade da atenção ao longo do tempo faz-se necessário, para identificar lacunas nos serviços e nortear a implementação de políticas voltadas a essa população”.

Referências

Brasil, Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Hipertensão arterial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004 [viewed 7 December 2022]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/hipertensao-18/

Brasil, Ministério da Saúde. Alimentação cardioprotetora. Brasília: Ministério da Saúde, 2018 [viewed 7 December 2022]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_cardioprotetora.pdf

Para ler o artigo, acesse

TOMASI, E., et al. Adequação do cuidado a pessoas com hipertensão arterial no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2022, vol. 31, no. 2 [viewed 7 December 2022]. https://doi.org/10.1590/S2237-96222022000200005 . Available from: https://www.scielo.br/j/ress/a/y7ryL7pFynvc8wKVWbwncHF/

Links externos

Epidemiologia e Serviços de Saúde – RESS: https://www.scielo.br/ress

Informações sobre hipertensão arterial sistêmica no adulto: https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/hipertensao-arterial-sistemica-(HAS)-no-adulto/

Para ler as últimas publicações da RESS, acesse: http://ress.iec.gov.br/

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

HÖFELMANN, D.A. Atenção à hipertensão arterial no Brasil: tendência e desigualdades [online]. SciELO em Perspectiva | Press Releases, 2022 [viewed ]. Available from: https://pressreleases.scielo.org/blog/2022/12/07/atencao-a-hipertensao-arterial-no-brasil-tendencia-e-desigualdades/

 

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