COVID-19 em crianças, adolescentes e jovens: um alerta para o retorno escolar

Ethel Leonor Noia Maciel, docente da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil.

Maryane Oliveira Campos, Editora Associada da Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, DF, Brasil.

Logo do periódico Epidemiologia e Serviços de SaúdeO artigo COVID-19 em crianças, adolescentes e jovens: estudo transversal no Espírito Santo, 2020. (RESS) (v. 30, n. 4) avaliou o percentual de positividade para COVID-19, por teste sorológico, e os fatores associados. A população de estudo contemplou indivíduos de 2 a 22 anos no estado do Espírito Santo, por meio de um estudo de base populacional.

O estudo de base populacional envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo e foi conduzido em uma população de 1.693 crianças, adolescentes e adultos jovens, com idade entre 2 e 22 anos, de 10 de maio a 21 de junho de 2020 (Etapa 1, 10 de maio; Etapa 2, 24 de maio; Etapa 3, 7 de junho; e Etapa 4, 21 de junho de 2020). Foram realizados quatro inquéritos seriados, e o processo de amostragem de cada inquérito foi independente. A coleta da amostra de sangue por punção digital e os testes para COVID-19 foram realizados por profissionais de saúde treinados. Utilizou-se o teste imunocromatográfico para detecção de anticorpos IgM e IgG anti-SARS-CoV-2, da marca Celer, registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sob o nº 80537410048. Esse teste possui sensibilidade de 86,4% e especificidade de 97,6%.

Imagem: iStock

Dos 1.693 participantes testados nos quatro inquéritos, somente 242 (14,3%) procuraram a unidade de saúde por apresentarem sintomas de COVID-19, sendo 29,8% entre aqueles com resultado positivo para a COVID-19 e 13,3% naqueles com resultado negativo. A tosse foi o sintoma mais frequente, sendo reportada por 40,4% dos positivos para COVID-19, seguido de perda de olfato e paladar (33,7%) e febre (26,0%).

Os autores salientam que: “alguns dados merecem atenção, dada sua relevância, considerando o retorno desse grupo às aulas presenciais nas escolas. Em primeiro lugar, o alto percentual de pessoas com teste positivo que não apresentaram nenhum sintoma (35,5%); em segundo lugar, o número de participantes que buscaram o serviço de saúde e não foram submetidos ao teste, porque sua faixa etária não se encontrava nos grupos com indicação de testagem; e em terceiro lugar, o fato de o sintoma ‘febre’, presente nos protocolos de triagem, ser encontrado em aproximadamente um quarto dos participantes que apresentaram resultado positivo.”

Os autores finalizam destacando que o acompanhamento dos estudantes – crianças, adolescentes e jovens – e trabalhadores da Educação no retorno presencial às escolas, com rápida ação de efetivo isolamento e pronto diagnóstico da infecção por métodos moleculares, caso algum desses indivíduos apresente sintomas de COVID-19, é uma estratégia fundamental neste momento pandêmico.

Para ler o artigo, acesse

MACIEL, E.L.N., et al. COVID-19 em crianças, adolescentes e jovens: estudo transversal no Espírito Santo, 2020. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2021, vol. 30, no. 4, e20201029 [viewed 10 May 2022]. https://doi.org/10.1590/S1679-49742021000400001. Available from: https://www.scielo.br/j/ress/a/Gysjt6sXRLK6TMdSMLkYBCP/

Link(s)

Para ler as últimas publicações da RESS, acesse: http://ress.iec.gov.br/

Epidemiologia e Serviços de Saúde – RESS: https://www.scielo.br/ress

 

Como citar este post [ISO 690/2010]:

MACIEL, E.L.N. and CAMPOS, M.O. COVID-19 em crianças, adolescentes e jovens: um alerta para o retorno escolar [online]. SciELO em Perspectiva | Press Releases, 2022 [viewed ]. Available from: https://pressreleases.scielo.org/blog/2022/05/10/covid-19-em-criancas-adolescentes-e-jovens-um-alerta-para-o-retorno-escolar/

 

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