Por Manuel Gonzalez Ronquillo, Departamento de Nutrición Animal, Facultad de Medicina Veterinaria y Zootecnia, Universidad Autónoma del Estado de México, Toluca, Estado de México, México
Com o objetivo de analisar as características dos ácidos graxos na carne de cordeiros em diferentes regimes de alimentação, os pesquisadores fizeram um experimento com trinta cordeiros Suffolk que pastavam em azevém perene (Lolium perene) e suplementados com azevém feno (RGH), ou concentrados formulados com farinha de peixe (FSM) ou farelo de soja (SBM). Os resultados mostram que há uma variação do teor de ácidos graxos dependendo da fonte de proteína utilizada na alimentação destes animais. O maior teor de ácidos graxos foi encontrado em ovinos alimentados somente com pastagem, sem suplementação.
Segundo o pesquisador Manuel Gonzalez Ronquillo, a importância da pesquisa está em demonstrar que o perfil de ácidos graxos de carne de cordeiros pode ser mudado a partir da alimentação e do oferecimento de diferentes fontes de proteína ou gorduras não saturadas. “Se o produtor alimenta os animais com pastagens, eles terão menor ganho de peso se comparados com os animais que recebem suplementação. No entanto, a composição de ácido graxo na sua carne tem uma porcentagem maior”, comenta ele.
Os resultados da pesquisa mostram que os ácidos graxos existentes nos suplementos de farinha de peixe e farelo de soja, por exemplo, se transformam no rumem dos animais, devido à atividade microbial, processo que não acontece com os animais alimentados apenas com pastagem. O trabalho complementa outros estudos realizados pelo grupo de Manuel sobre os efeitos de diferentes fontes de ácidos graxos em leites de ovelhas e cabras. “Nós descobrimos que nós podemos mudar o perfil de ácido graxo na carne e no leite, dependendo da suplementação de ácido graxo que o animal recebe”, comenta o pesquisador.
Para ler o artigo, acesse
ROMERO-BERNAL, J., et al. Perfil de ácidos graxos na carne ovina suplementado com farinha de peixe ou farinha de soja. Cienc. Rural [online]. 2017, vol. 47, no. 4, e20160533 [viewed 16 May 2017]. DOI: 10.1590/0103-8478cr20160533. Available from: http://ref.scielo.org/fd9hxz
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Ciência Rural – CR: <http://www.scielo.br/cr>
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