Tag: Almanack

O papel do tráfico ilegal de africanos na formação da aristocracia brasileira

Fotomontagem com sete imagens em preto e branco da época da colonização, retratando a paisagem e a sociedade escravocrata daquele período.

Conforme evidenciam os jornais do século XIX, o contrabando de africanos produziu uma aristocracia negreira no país, legitimada pelo Estado brasileiro. Ao delegar a responsabilidade pelo tráfico ilegal a conflitos entre brasileiros e portugueses e a manutenção da propriedade escrava, a sociedade brasileira isentou-se da culpa, fortalecendo estruturas de poder e normalizando a escravidão. Read More →

Letramento e ascensão social de pardos na América Ibérica

Aquarela retratando um músico militar negro, visto de costas, segurando duas baquetas na mão esquerda e carregando um instrumento de percussão nas costas.

O letramento foi um fator constante nos processos de transformação do status experimentado por partes da comunidade parda no século XVIII e começo do século XIX. Tal instrução permitiu ascender a cargos da baixa burocracia colonial. Read More →

O significado dos espaços locais em Londres para a história da missão diplomática do Brasil

Pintura do Park Crescent, em Londres. À frente do edifício algumas pessoas e animais caminham pela rua. A pintura também mostra algumas casas ao fundo do Park Crescent.

Endereços, edifícios e bairros em que os primeiros agentes da diplomacia do Brasil moraram e trabalharam em Londres, entre 1822 e 1829, situavam-se em um espaço distinto das demais legações e embaixadas. Tais evidências mostram a busca da legação brasileira por aproximação com grandes banqueiros que tinham negócios no Brasil. Read More →

As narrativas sobre a Independência do Brasil em livros didáticos nacionais

Bandeira do Brasil com pessoas de diferentes etnias (indígenas, negros, pardos, brancos e asiáticos) à frente, representando a diversidade do país.

Livros didáticos de História no Brasil, aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2020, perpetuam visão unilateral sobre a independência do país, reforçando visões limitadas do passado, que causam um alto impacto no ensino. Tais dados evidenciam a importância da diversificação narrativa e ressignificação do conhecimento histórico. Read More →

A experiência liberal na Assembleia Constituinte de 1823: conflitos e projetos políticos em disputa

Foto de um desenho em preto e branco em uma folha amarelada pelo tempo. É um salão com teto arqueado com muitos homens atrás de um cercado. No centro, uma mesa com poucos homens sentados. As paredes tem detalhes ornamentais e passagens com arcos.

No transcorrer dos trabalhos da Assembleia Constituinte de 1823, perspectivas liberais mais radicais foram silenciadas para evitar o que ocorrera nas experiências europeias, cujas revoluções geraram um ambiente bastante conflituoso. Apesar disso, uma corrente historiográfica atribuiu à Constituinte um caráter excessivamente mais liberal, idealização influenciada pela violenta interrupção dos trabalhos. Read More →

Independências e conflitos bélicos: a cultura de guerra na formação dos estados ibero-americanos

Banderín el Doliente de Hidalgo, Museo Nacional de Historia, Castillo de Chapultepec

A importância histórica da guerra nos processos de reformulação territorial e da crise das monarquias ibéricas na América e da formação dos Estados nacionais são elementos fundamentais para a compreensão de uma cultura de guerra. O caso mexicano se torna observatório privilegiado para a análise dos múltiplos impactos dos conflitos nas sociedades ibero-americanas. Read More →

A independência do Méxicocidadania

Um quadro com muitos elementos da história mexicana dispostos como uma colagem. No topo um arco branco, abaixo figuras humanas, algumas parecem ser operárias, outros usam ternos, figuras reais, mais trabalhadores com chapéus de tom amarelado (talvez sejam trabalhadores rurais) de costas, membros da igreja.

O segundo momento constitucional que se desenvolveu na monarquia espanhola a partir de 1820 impactou a configuração do México como Estado independente no chamado Triênio Liberal. Dentro da lógica do liberalismo gaditano, a participação dos mexicanos nas Cortes de Madri e a reconfiguração política com os ayuntamientos possibilitaram a transformação do México de vice-reinado a estado-nação. Read More →

O papel das cidadãs na Independência do Brasil: novas perspectivas e abordagens para pensarmos o papel das mulheres no Bicentenário da Independência

Retrato antigo de uma mulher branca, olhar neutro, pequenos cachos ao redor da testa, cabelos escuros e presos. Moldura branca com parte inferior mais larga. Ela usa um vestido com rendas na gola em formato de V e colar de pérolas.

A Profa. Dra. Slemian foi convidada para falar um pouco sobre o papel de cidadãos e cidadãs na cena pública da independência, com especial ênfase no papel das mulheres, pensando aspectos mais amplos de sua produção acerca do constitucionalismo e formação do Estado-nacional. Read More →

Notas sobre as guerras de independência do Brasil e a formação do Estado e da nação

Revista das tropas brasileiras destinadas a combater os rebeldes em Montevidéu. Óleo sobre papel colado sobre tela (41,6 x 62,95 cm) de Jean-Baptiste Debret. Domínio público, Pinacoteca de São Paulo

O surgimento de conflitos militares envolvendo diferentes pontos de vista políticos marcou o processo de separação política entre Brasil e Portugal. As guerras de independência mostram que esse processo foi um processo violento e que a história do Brasil jamais foi um paraíso de estabilidade, jamais esteve isenta de conflitos e guerras. Read More →

As províncias do império: novas abordagens e perspectivas para pensar o Brasil oitocentista

Pintura da natureza. Araucárias, céu esverdeado, arbustos. No fundo pequenos morros cortando o horizonte. Um caminho de terra batida no centro, ao lado esquerdo uma rocha. No caminho dois ou três animais que podem ser cavalos ou jegues e duas pessoas montadas em um deles. Parece ter uma pessoa atrás acompanhando. Borda amarelada e larga dos lados e na base.

O Prof. Dr. Carlos Eduardo França foi convidado para apresentar algumas considerações acerca da questão provincial no contexto da independência, pensando além da visão Rio Centrica e das especificidades de cada província. Read More →