Autoavaliação da saúde em Manaus revela desigualdades e insegurança alimentar

Amanda Coutinho de Souza, Editora Associada da Epidemiologia e Serviços de Saúde, Consultora Nacional da Organização Pan-Americana da Saúde, Brasília, DF, Brasil.

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O artigo Autoavaliação de saúde de acordo com sexo e fatores associados em Manaus, 2019: estudo transversal de base populacional, publicado no vol. 33, n.º 1 (2024) na Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do SUS (RESS), analisou a prevalência de autoavaliação de saúde ruim, de acordo com sexo e fatores associados a este desfecho, em residentes em Manaus, estado do Amazonas, no período de 2019. 

O estudo foi realizado em amostra populacional de 2.321 indivíduos. A autoavaliação da saúde foi reportada como ruim em 35% dos participantes, e esteve associada à faixa etária acima de 60 anos, insegurança alimentar e presença de comorbidades. O sexo feminino apresentou maior prevalência de autoavaliação de saúde ruim. A morbidade relatada e o acesso à alimentação foram variáveis associadas com este desfecho.

Duas mãos sobre uma superfície cinza com rachaduras, segurando uma caneta para preencher um papel que está logo à sua frente. No papel, há três caixas para marcação, acompanhadas por emojis representando diferentes expressões faciais: insatisfação, neutralidade e satisfação, da esquerda para a direita.

Imagem: Freepik

A pesquisa foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Universidade de Brasília (UnB), a partir de estudo transversal de base populacional, no ano de 2019. Os resultados apresentados reforçaram as evidências da associação entre situações de desigualdades relacionadas ao sexo e a autoavaliação da saúde. O trabalho pode contribuir no planejamento de políticas públicas relacionadas à promoção da saúde nos grupos com maior vulnerabilidade social. 

Os autores reforçam a necessidade de pesquisas que investiguem a autoavaliação de saúde autorreferida, as quais incluam dados clínicos ou laboratoriais, para melhores evidências sobre a magnitude do efeito da desigualdade nas condições de vulnerabilidade na população geral.

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Referências

AQUINO, L.C.D., et al. Autoavaliação ruim do estado de saúde: prevalência e fatores associados em mulheres privadas de liberdade. Esc Anna Nery [online]. 2022, vol. 26, e20210275 [viewed 09 April 2024]. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2021-0275. Available from https://www.scielo.br/j/ean/a/jRwVCWYQTDNkGz6d4dPd6Km/

SILVA, Z.P., et al. Marcadores de desigualdade na autoavaliação da saúde de adultos no Brasil, segundo sexo. Cad. Saúde Pública [online]. 2020, vol. 36, no. 5, e00230318 [viewed 09 April 2024]. https://doi.org/10.1590/0102-311X00230318. Available from: https://www.scielo.br/j/csp/a/3RRpDG7tNW4SKZF9sm7cvdJ/

Links externos

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Epidemiologia e Serviços de Saúde – Site: http://ress.iec.gov.br/

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Como citar este post [ISO 690/2010]:

SOUZA, A.C. Autoavaliação da saúde em Manaus revela desigualdades e insegurança alimentar [online]. SciELO em Perspectiva | Press Releases, 2024 [viewed ]. Available from: https://pressreleases.scielo.org/blog/2024/04/09/autoavaliacao-da-saude-em-manaus/

 

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